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Covid-19: Dinamarca suspende decisão de sacrificar visons

Visons: animal comum no mercado de pele pode ser ameaça ao combate da Covid-19 Foto: Reprodução/Wikipedia

Pressões políticas e populares fizeram com que a Dinamarca recuasse na decisão de sacrificar 17 milhões de visons. A ordem tinha sido dada pela primeira-ministra, Mette Frederiksen. O objetivo era conter a disseminação de uma nova mutação da Covid-19 encontrada nesses animais. O fato poderia ameaçar a eficácia das vacinas contra o vírus. Até esta segunda-feira (9), 2,4 milhões de visons já tinham sido sacrificados, mas parlamentares se opuseram à decisão afirmando que não há base científica para a medida.
A preocupação se baseia, principalmente, em motivos econômicos, já que o extermínio de visons impactaria a renda de muitos dinamarqueses. A pele dos animais é utilizada na confecção de roupas e o país é atualmente o maior criador da espécie do mundo.

A Dinamarca já registrou 214 casos de contaminação da Covid-19 em criadouros de visons, dentre eles 12 eram da nova cepa. A variação genética do vírus acontece na proteína spike, responsável por invadir e infectar células saudáveis. Além do país escandinavo, mais cinco relataram casos do vírus nos pequenos mamíferos: Itália, Espanha, Holanda, Suécia e Estados Unidos. A Holanda interrompeu o comércio de peles até março de 2021.

O Ministério da Agricultura da Dinamarca anunciou que na noite desta terça-feira apresentará um projeto de lei para conceder autoridade ao governo para sacrificar todos os visons do país. É necessário uma maioria de três quartos no Parlamento para aprovar a lei. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou vigilância nos criadouros, para evitar novos casos de transmissão.

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