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Isolados em casa, mas comprando pela Internet

O que pode parecer mais fácil de fazer pode gerar um prejuízo amargo lá na frente

Pandemia e economia são duas palavras que devem combinar. Ou seja, em caso de pandemia com riscos econômicos, nada mais fundamental do que poupar. É preciso aprender a evitar gastos desnecessários. Mas a preocupação é com o fato de que nesta nova forma de se comportar dentro do isolamento social, muitas pessoas não se dão conta de que podem se deixar levar por desejos de compra, já que não estão podendo acessar os ambientes comuns de consumo, como lojas e shoppings.

Infiltrados nesta período de quarentena, alguns vilões estão passando a fazer parte dos hábitos dos isolados em casa. E pouco a pouco, cada gasto feito no domicílio vai impactando o orçamento.

primeiro hábito que pode danificar as contas se chama compras impulsivas online. As ofertas crescem e para quem está cansado de lojas que estão fechadas, a isca pode ser fisgada. E enquanto a população sofre com riscos de demissão e de redução de salário, existe grande percentual de pessoas que estão realizando compras compulsivas, muitas são resultado de uma compensação da restrição social.

Tais compras provocam um efeito de bola de neve nas parcelas do cartão de crédito. E como o fim da pandemia ainda tem data desconhecida, o prudente é ter uma renda guardada. A economista Bruna Allemann chama atenção para um aspecto importante nesta fase de escassez: a disciplina. Com dez anos no mercado de crédito e investimentos, Bruna afirma que não é possível que muitas pessoas tratem de suas contas como se fossem crianças de três anos com um tablet na mão.

– Gaste apenas um valor fixo e a vista por mês. Quem sabe assim você fica contente e sobra mais dinheiro para suas economias também.

Outro hábito que pode colocar em risco o orçamento doméstico são os gastos com aplicativos de entrega. A falta de frequentar restaurantes ou de fazer as refeições fora de casa tem impulsionado muitos a pediram comida por aplicativos, o que pode duplicar as contas. Existem famílias que não se contentam em obter alimentos no mercado para cozinhar em casa e preferem pedir a refeição ou lanches prontos.

Este tipo de escolha gera um aumento de custos mensais e não o oposto. O que pode parecer mais fácil de fazer pode gerar um prejuízo amargo lá na frente.

Para quem não sabe cozinhar, vale usar a Internet para buscar receitas práticas. E se preferir não comprar nada no mercado, mas apenas refeições prontas, o melhor é buscar os aplicativos que possuam o sistema Cashback, que fornecem bônus para as próximas compras.

Pode parecer um perigo imperceptível, mas há pessoas que já gostam de ir ao supermercado e em tempos de isolamento, buscam ir repetidas vezes como justificativa para sair de casa. E assim acabam comprando artigos desnecessários. Existem os que não fazem uma lista e que ainda abastecem a casa com estoques de produtos não essenciais.

Este despreparo na hora de consumir aponta uma desorganização perigosa. Antes de sair de casa, é prudente ter uma lista em mãos e um limite de gasto semanal, além de foco nas promoções.

Para a analista de finanças, o consumo de eletrônicos aumentou devido a necessidade de trabalho em home office

Para a analista financeira Aline Rodrigues, durante a pandemia, alguns hábitos de consumo vem sendo alterados e outros aflorados. Consumo de eletrônicos está ocorrendo devido a necessidade de trabalho em home office com materiais de qualidade. Há ainda a compra de cursos e capacitações para desenvolvimento pessoal. Mas Aline ressalta que muitas instituições disponibilizaram diversos conteúdos gratuitos.

– O delivery, sem dúvida, aumentou para muita gente, visto que muitos não sabem cozinhar e outros querem aproveitar para saborear os seus pratos favoritos. Já consumos como roupas, acessórios e, em especial, sapatos, tiveram uma queda significativa.

A consultora de finanças aponta que grandes marcas estão gerando vendas fazendo promoções e campanhas diferenciadas. A compra de pijamas, por exemplo, teve um aumento por parte das influenciadoras digitais, visto que essa é a nova roupa da moda.

Enquanto uma parte da população está mais resistente em gastar nesse momento de instabilidade, outra parcela está focada em se qualificar profissionalmente, aproveitar promoções e aprender sobre os limites das compras online.

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