A vitoriosa e já longa carreira como jogador de futebol serviu para o pastor Ricardo Oliveira, atacante do Atlético-MG, levar a mensagem do Evangelho por onde passou. Em um relato nas redes sociais, o jogador comentou que não toma a glória de suas pregações para si por ver sua atitude como “obrigação”.
A partir da referência de I Coríntios 9:16 (“Contudo, quando prego o Evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o Evangelho!”), o jogador de 40 anos pontuou: “Não tenho do que me gloriar”.
O bairro, que emprestou nome à Casa de Detenção de São Paulo, ficou famoso nacionalmente por conta da rebelião em 1992 que terminou com 111 presos mortos. A favela na vizinhança era o local onde a família do atacante vivia, e a realidade exerceu influência sobre um dos irmãos de Ricardo Oliveira.
“Com 11 anos visitei meu irmão preso no pavilhão 9 do Carandiru. Morei de favor, e comia do lixo. Catava papelão na rua para ajudar minha mãe em casa. Nunca roubei nada de ninguém. Pedir nos faróis era um escape. Eu fiz de tudo, e honestamente, para ajudar minha mãe”, escreveu.
Hoje pastor da Assembleia de Deus, Ricardo Oliveira revelou que recebeu o chamado para o ministério em 1999, quando estava trocando o Corinthians pela Portuguesa nas categorias de base: “[Jesus] fez promessas de me levar aos quatro quantos da Terra para pregar o seu Evangelho. Não me falou como o faria. Não me disse que eu seria um jogador de futebol. Não me prometeu fama. Não me prometeu tirar da pobreza. Só me fez o convite para fazer parte do seu propósito”.
A partir desse ponto do relato, ele falou sobre sua trajetória: “Quando eu me dei conta, já estava dentro do palácio real de Madrid cumprimentando o rei da Espanha, Don Juan Carlos I. Nesse país eu preguei o Evangelho de Cristo”.
“Depois fui para a Itália, ali também preguei o Evangelho de Cristo. Em 2006 minha irmã foi sequestrada, e ficou 5 meses e meio em cativeiro. Depois fui conduzido pelo Senhor a uma terra próspera nos Emirados Árabes Unidos, ali eu também preguei o Evangelho de Cristo. Fui conduzido até o palácio do sheik em honra”, destacou.
Ao final, o pastor pontuou que essa jornada só aponta em uma direção: “Estou falando de uma glória que não é minha. O Evangelho que eu prego não é meu. Eu não me orgulho da maneira que prego o Evangelho de Cristo. Eu só estou fazendo o que Cristo me chamou para fazer. Em todos os clubes que eu passei, preguei o Evangelho de Cristo. Deus nos criou com a capacidade de experimentar uma gama de emoções, a fim de refletir em nós a sua imagem. Ele é o motivo”.