O Ministério da Educação (MEC) está avaliando uma forma de mudar a distribuição de recursos para as 63 universidades federais. A ideia, é dar mais dinheiro para quem tiver melhor desempenho em indicadores como governança, inovação e empregabilidade, entre outros.
Hoje o modelo de distribuição do orçamento é baseado no tamanho das universidades. Com isso, instituições maiores e com mais alunos, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebem fatia maior do orçamento, embora tenham desempenho pior que outras em indicadores como governança, por exemplo. Por isso, o governo quer discutir com os reitores das instituições, um novo modelo baseado na análise de qualidade de diversos quesitos.
– Vamos começar a olhar desempenho, não só o tamanho das universidades. Hoje, a matriz do orçamento é 90% tamanho e 10% qualidade. Não queremos fazer nenhuma ruptura, mas sim uma transição que aponte numa direção. Uma discussão de daqui cinco, dez anos, como queremos esses parâmetros lá na frente – disse o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima Junior.
O novo formato de distribuição das verbas pode começar a ser implementado a partir de 2020, mas já neste ano os técnicos estudam usar um dos indicadores, o ranking de governança do Tribunal de Contas da União (TCU), na hora de determinar quem terá prioridade no desbloqueio de recursos.