Nelson Melo
Considerada uma ótima marca no que tange ao combate à criminalidade, a Polícia
Civil do Maranhão conseguiu prender, nas últimas duas semanas, mais de 200 pessoas,
em todo o Maranhão, por delitos diversos, como homicídios, roubos e tráfico de
entorpecentes. A Delegacia Geral destacou o empenho dos policiais nessa estatística
positiva e também a parceria com a Polícia Militar.
Em entrevista concedida ao jornalista Nelson Melo, o delegado-geral de Polícia Civil,
Leonardo Diniz, mostrou que, somente na região metropolitana de São Luís, foram
mais de 75 pessoas presas na semana retrasada. Ele frisou o papel dos distritos
policiais, das seccionais e das superintendências nessa sequência de capturas de
suspeitos ou já condenados por vários crimes. Dentre os conduzidos, há criminosos
muito perigosos e integrantes de facções criminosas.
Diniz mencionou, para exemplificar, a “Operação Alvo Certo”, deflagrada pela
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) entre os dias 9 e 10 deste
mês na região metropolitana e que teve como alvos membros de uma facção
criminosa. No primeiro dia de diligências, as equipes prenderam 10 investigados. E, no
segundo dia, foram cumpridos mais 6 mandados de prisão, sendo um deles em
desfavor de Jorge Henrique Amorim Silva, o “Dragão”, que, em 2014, deu ordens, de
dentro do Complexo de Pedrinhas, para ataques a ônibus e prédios públicos.
Também no dia 10, outra superintendência, a de Homicídios e Proteção à Pessoa
(SHPP), juntamente com o Grupo de Serviço Avançado (GSA), cumpriu mandados de
prisão contra Kailan Trindade Viana, o “Rugal”, e André dos Santos Aires, membros
de uma facção. Ambos são suspeitos de um duplo homicídio ocorrido no ano passado
na Cidade Olímpica e de roubos a ônibus. Leonardo Diniz disse que essas prisões
ocorreram porque os policiais estão comprometidos em suas missões de enfrentar a
criminalidade com vigor.
Conforme salientou ao repórter, foi montado um calendário de operações, tanto na
Grande Ilha como no interior maranhense, preparando o terreno para as incursões em
busca de foragidos e envolvidos em crimes recentes. Esse planejamento operacional
foi fundamental para o sucesso das diligências, como avaliou entusiasmado. O
delegado-geral frisou, ainda, a nomeação de mais de 90 policiais civis, sendo que uma
parte foi deslocada para essas missões urgentes.
O delegado-geral também citou algumas melhorias na estrutura da Polícia Civil, como
reformas de unidades, aquisição de aparelhos de informática e a inauguração da sede
da Delegacia Geral, na Avenida Beira-Mar, em frente ao Terminal de Integração da
Praia Grande. A conquista do prédio, segundo analisou, possibilitou um dinamismo
mais eficiente na distribuição de tarefas para as operações e até para a comunicação
com as delegacias e superintendências.
Os avanços nas técnicas de investigação foi outro ponto comentado por Leonardo, que
está naquele cargo há 1 ano e 8 meses, sendo que ingressou na instituição policial em
2003. Ele enfatizou, dentro desse aspecto, a atuação do Núcleo de Inteligência da
Polícia Civil, que auxilia, de maneira imprescindível, todas as unidades da instituição
na localização de foragidos e suspeitos. Bem como na descoberta de iminentes ataques
bancários, prevenindo, assim, a prática de um delito.
Leonardo Diniz declarou, na entrevista, que os policiais recebem, constantemente,
treinamento em cursos diversos, tanto dentro como fora do Maranhão, pela Secretaria
Nacional de Segurança Pública (Senasp). E muitos deles, inclusive, já são até
instrutores em módulos que ocorrem aqui e em outros estados da Federação. Esse
aprendizado frequente permite estar à frente do inimigo em vários pontos,
possibilitando, desse modo, que operações ocorram dentro do que foi planejado.
O delegado-geral encerrou a entrevista agradeceu a todos os policiais civis do
Maranhão, incluindo investigadores, delegados e escrivães, que, diariamente,
trabalham com afinco para proporcionar uma vida mais tranquila para a sociedade.