A delação premiada feita por oito ex-funcionários da construtora OAS revelam que entre os anos de 2010 e 2014 a empresa pagou cerca de R$ 125 milhões em propinas e repasses de caixa dois a pelo menos 21 políticos de oito partidos.
Segundo o jornal O Globo, os funcionários faziam parte da “Controladoria de Projetos Estruturados”, o departamento clandestino da empreiteira, e, por meio de um relatório de 73 páginas da Procuradoria-Geral da República, é possível ver a relação dos ex-executivos com políticos.
Entre os nomes que aparecem no relatório estão o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), além do ex-governador Fernando Pimentel (PT-MG), do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e do ex-ministro Edison Lobão (MDB-MA).
Também estão na lista o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador José Serra (PSDB-SP), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral.
Além deles, outros nomes foram citados, inclusive burocratas de estatais, integrantes de fundos de pensão, empresários e doleiros que também receberam o dinheiro da construtora.
Procurados, os políticos negaram as acusações e não quiseram comentar a delação feita no ano passado e que já está homologada pelo Supremo Tribunal Federal.