Os laboratórios farmacêuticos britânico GSK (GlaxoSmithKline) e americano Pfizer anunciaram nesta quarta-feira a fusão de suas atividades de medicamentos sem receita, o que vai criar uma empresa com um volume de negócios de 12,7 bilhões de dólares.
“GSK concluiu um acordo com a Pfizer para combinar sua atividade em uma empresa conjunta de amplitude mundial, com faturamento de 9,8 bilhões de libras (12,7 bilhões de dólares)”, anunciou a empresa em um comunicado.
“A GSK terá a maior parte do controle, 68%, e a Pfizer 32% nesta empresa”, completa a nota do laboratório britânico.
A Pfizer publicou um comunicado com as mesmas informações.
O acordo inclui medicamentos como o anti-inflamatório Voltaren, o paracetamol Panadol e a marca Sensodyne, entre outros produtos.
A Pfizer fornece para a nova empresa o analgésico Advil, os vitamínicos Centrum e Caltrate e outros medicamentos.
Para ser concretizada, a criação da nova empresa precisa da aprovação dos acionistas da GSK e da autorização das autoridades que regulamentam a concorrência.
A GSK prevê que a fusão se tornará efetiva no segundo semestre de 2019.
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A criação da joint venture foi bem recebida por analistas de mercado. A equipe de análise do banco Jefferies disse que o plano faz sentido, tendo em vista a potencial redução de custos e o aumento de valor para os acionistas.
O analista Michael Hewson, da CMC Markets, considerou o anúncio como o novo passo da diretora-presidente da GSK, Emma Walmsley, no caminho de consolidar a posição da companhia na área de saúde o consumidor — que exclui os medicamentos que necessitam de prescrição médica para serem vendidos, destaca o Valor Online.
A medida visa enfrentar a redução das margens e a maior concorrência no setor farmacêutico, diz o analista. O profissional acrescenta que a transação pode ter alguma relação com o plano de Jeff Bezos, Jamie Dimon e Warren Buffet de construir uma empresa de saúde que busque a redução de custos na área de saúde.